quinta-feira, 26 de junho de 2014

Viva a voz

Decidi gritar pela cor do cabelo e do batom, pela tatuagem e por poesia. Tudo em mim grita. Hoje, o silêncio não existe mais. Destruí as almas opressoras, libertei os oprimidos, não guardo nada além de mim, dentro de mim mesma. Trago por dentro apenas a força que me faz hoje ser assim, meio torta, meio manca, meio troncha, meio louca, mas 'eu' em absoluto, da ponta do pé ao último fio ruivo, fogo! Queimo, incendeio os cantos estagnados, mortos, mornos. Tenho sede e sangue quente. Sou muitas, sou uma, não tenho vergonha de dizer o que quero - quero agora! Entretanto passou da hora e agora já não serve mais. Grito, grito forte. Sou viva! Viva porque sei que em cada passo existe e exige escolha e não sai de mim um abraço, um sorriso ou um aperto de mão que não foi verdade algum dia.

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