quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Dormência.

Acho mesmo que passamos a entender mais depois de uma súbita dor. Amadurecemos. Cada um do seu modo, uns tornam-se frígidos, outros simplesmente perpassam, apagam-se, apagam-na. A dor pode ser boa? Apesar de doer, ela mata ou frutifica algo? A dor é tão complexa quanto o amor. E a dor de amor, dói mesmo? Ela planta ou simplesmente mata? Mas não é em mérito de amor que quero tratar agora, atentem apenas para a complexidade de sentir a dor. A dor de um corte, a dor de uma perda, tornam-se os mesmo machucados? E esses por si mesmos, doem? E se a dor vier, o que poderemos fazer se não senti-la? Até que se aplique a morfina estamos sujeitos. Quando não sente-se, dói? Acho mesmo é que não existe batalha que possa ser traçada, não existem intenções ou fatos. A dor vem e bate, como um susto. Para cura-la, precisa senti-la.

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